Se você é um web designer ou desenvolvedor web, certamente já precisou adaptar o projeto de um novo site para a realidade da internet brasileira. Usar um vídeo em autoplay é uma proposta bastante ousada, visto que mesmo que se garanta um servidor robusto, a banda recebida pelo usuário final pode prejudicar a experiência dele.
Isso sempre faz com que volte à tona aquela velha pergunta: por que a internet brasileira é tão lenta? Por isso, nós vamos explicar algumas das razões que mais impedem a tão sonhada evolução da velocidade da internet nacional.
A velocidade da internet brasileira em comparação com o mundo
Segundo dados divulgados em 2017 pela Akamai, empresa de internet americana, a internet brasileira está em 79º lugar no ranking mundial, com a velocidade média de 6.8 Mbps. Isso já é bastante próximo à média mundial, de 7.2 Mbps, mas ainda nos deixa atrás de países como Uruguai (57º lugar), Chile (60º lugar) e México (76º lugar).
O país que lidera o ranking é a Coreia do Sul, com incríveis 28.6 Mbps de velocidade média. Isso mesmo, é a média da velocidade de lá. Isso se deve ao fato de o país ter, já em 2015, 84% da população conectada à internet. Surpreendentemente, a internet de lá é tão boa, que é comum encontrar planos de até 1 Gbps. E por isso, é possível baixar um filme completo em alta qualidade no mesmo tempo em que você leu essa frase.
A lista dos 10 primeiros países com velocidade média de internet mais rápida do mundo são:
- 1) Coreia do Sul: 28.6 Mbps
- 2) Noruega: 23.5 Mbps
- 3) Suécia: 22.5 Mbps
- 4) Hong Kong: 21.9 Mbps
- 5) Suíça: 21.7 Mbps
- 6) Finlândia: 20.5 Mbps
- 7) Singapura: 20.3 Mbps
- 8) Japão: 20.2 Mbps
- 9) Dinamarca: 20.1 Mbps
- 10) EUA: 18.7 Mbps
Os dados são dos quatro primeiros meses de 2017.
As dificuldades para a melhoria da internet brasileira
Existem muitos pontos que dificultam a evolução da internet brasileira. Um deles, é o tamanho do nosso território. Nosso país tem proporções continentais, por isso conseguir propagar a internet de forma adequada para todos é um desafio enorme.
Esse desafio se torna ainda maior quando levamos em consideração condições políticas e socioeconômicas do nosso país. Os contrastes socioeconômicos fazem com que as riquezas fiquem concentradas em estados do Sudeste e do Sul, tornando as regiões Norte e Nordeste esquecidas e, assim, com mais dificuldade para terem uma internet rápida.
Essa diferença é observada também em números: 30% das regiões sul e sudeste têm acesso à internet com 15 mbps de velocidade. Enquanto isso, a maior parte do Nordeste consegue, no máximo, 4 mbps.
Mas porque essa diferença tão grande, visto que o nordeste já conta com metrópoles, como Salvador e Recife? A resposta é: infraestrutura. Por exemplo: uma tecnologia que alavanca a velocidade da internet do Brasil é a fibra ótica. Entretanto, a instalação dela é lenta e muito cara, o que faz com que a expansão dela para novas regiões demore muito mais do que deveria.
Outro motivo para que a instalação de fibra ótica demore a se espalhar no Brasil: a maioria dos materiais necessários para a tecnologia é importada e o custo da compra deles é alto. Em 2015, por exemplo, os tributos brasileiros eram de até 100%! E, quando finalmente uma operadora se arrisca em realizar uma nova instalação de cabeamento à fibra ótica, ela quase sempre repassa o custo na mensalidade da internet adquirida. Ou seja, para ter uma internet com uma velocidade considerável, é preciso pagar um alto valor.
Isso porque ainda não falamos da falta de competitividade no mercado nacional. São poucas as operadoras de internet no Brasil e, em muitas regiões, as famílias só podem recorrer a uma delas, por falta de opções de cobertura onde elas moram. Isso abre a possibilidade dessas empresas cobrarem o valor que elas quiserem. Está aí mais um motivo para que os brasileiros tenham dificuldade de adquirir uma internet de qualidade.
O problema está no foco das empresas. Elas preferem aumentar o número de clientes do que fidelizar os que já têm, melhorando a qualidade do serviço. Ou seja, para as operadoras, é mais vantajoso que mais pessoas tenham uma internet que, pela divisão, acaba se tornando ruim.
Dados sobre a internet brasileira
Essa preferência em aumentar o número de clientes é um fato comprovado em pesquisa. O IBGE alega que o Brasil conta com 116 milhões de usuários, isso significa 64,7% da população. Segundo dados divulgados pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, o Brasil é o 4º com mais números de IP no mundo, atrás apenas dos EUA, da Índia e da China, que é a líder, com 705 milhões de pessoas conectadas.
94,6% dos internautas brasileiros navegam por smartphones, visto que a maioria deles, têm o dispositivo como única forma de conexão com o mundo virtual. São cerca de 9,3 milhões de residências que têm a internet móvel como principal conexão, segundo o Comitê Gestor da Internet no Brasil. Por isso, é importante sempre considerar os acessos ao seu site por aparelhos mobile.
Pelo menos na navegação móvel, o Brasil consegue uma evolução por igual. O país tem a 4ª internet móvel mais barata do mundo (cerca de US$ 6 por 500 MB de tráfego) e, segundo a Teleco, o 3G já é realidade de 92,5% do território nacional. Isso significa que já passou da hora de priorizar o design para dispositivos mobile na hora de criar um site.
Esteja preparado para acessos por dispositivos móveis
O mobile first, conceito que foca a arquitetura e o desenvolvimento do site primeiramente anos dispositivos móveis, já é uma prática bastante realizada por web designers e desenvolvedores. Ter um site responsivo é fundamental para que seu projeto funcione em todas as telas possíveis, por isso, a Target Host, empresa de soluções de internet, pode ajudar você com servidores ideais para o que você precisa. Entre em contato com a gente e peça um orçamento. Vamos ter prazer em fazer com que seu site dê certo.