O poder de um país supervisionar alterações feitas na raiz de nomes gera um certo desconforto. A ICANN, que administra o sistema de endereços da internet, apresentou uma proposta; nada mais que os Estados Unidos abrirem mão de seu papel como autoridade última sobre os nomes de domínio.
Se as comunidades de nomes, números e protocolos concordassem, a ICANN poderia ser a única responsável final pela IANA. A IANA, é a organização que trata da atribuição de números das portas e IPs da Internet. Com isso, os arranjos de governança da organização seriam reformulados. Isso seria uma forma de proteger a rede contra interferência governamental no futuro. Busca-se “privatizar” a IANA.
Os norte-americanos haviam prometido privatização plena da internet em 1998. Porém, a ideia foi deixada de lado por conta da preocupação do Congresso com a possibilidade de que a ICANN fosse prisioneira de governos repressivos. >
Marrakesh estabelece o ano chave para ICANN
Na 55ª reunião da ICANN em Março deste ano, comemorou-se o fim do processo de criação de uma nova proposta. Eça foi enviada à ICANN e, depois, à NTIA (Agência nacional de telecomunicações e de administração de informações) e ao Congresso dos EUA. Se tudo der certo, a gestão da internet será multissetorial e eliminará os vestígios finais do controle dos Estados Unidos sobre a internet; desencadeando um debate político potencialmente controverso em Washington sobre o futuro do ciberespaço. >
O governo americano começou um período de 90 dias de aprovação interna, com o trabalho de implementação para a transição de IANA para ser concluída em agosto de 2016.