Reciclagem de equipamentos eletrônicos: uma questão de iniciativa
O Brasil é um dos países que mais gera resíduos eletrônicos no mundo. Um relatório da ONU de 2010 aponta que são quase 100 toneladas de computadores e mais de 2,2 mil toneladas de celulares por ano. Estes e outros tipos de equipamentos eletrônicos são resíduos que necessitam de um descarte especial, pois possuem metais pesados e tóxicos. Porém, o consumidor brasileiro ainda não sabe o que fazer com o seu lixo eletrônico. As opções especializadas são pouco conhecidas. Muitas vezes, também há custo para o descarte, o que acaba por levar esses resíduos para lixões comuns.
O que muitos brasileiros não sabem é que em São Paulo, na Zona Oeste, há um galpão de 2 mil metros quadrados com mais de 20 profissionais capacitados em processar o lixo eletrônico, separar os tipos de materiais e destinar estes materiais para a reciclagem. A cooperativa Coopermiti http://www.coopermiti.com.br/, especializada em lixo eletrônico, tem capacidade para receber mensalmente 100 toneladas, mas atualmente opera apenas com 30% de seu potencial, justamente por falta de resíduos. >
Para enviar os resíduos para a Coopermiti, o consumidor pode entregar os equipamentos diretamente no galpão da cooperativa. Ele fica na Barra Funda, em São Paulo. Para grandes quantidades, também é possível agendar uma coleta. Com caminhões disponibilizados pela prefeitura, a coleta é realizada gratuitamente. Além disso, existem pontos de coleta espalhados pela cidade, basta entrar no site da Coopermiti e encontrar o mais próximo.
Outra alternativa interessante para as empresas e corporações, é criar um convênio com a Coopermiti. Além de encontrar uma solução para o descarte, cria-se uma cultura sustentável no ambiente organizacional. Os funcionários entendem a importância do descarte adequado e podem inclusive contribuir trazendo os seus equipamentos eletroeletrônicos de casa.
“As empresas tem um papel muito importante como educadores ambientais de seus colaboradores. Quanto mais multiplicarem e divulgarem conceitos de sustentabilidade entre os seus trabalhadores, melhores resultados obterão de seus colaboradores; impactando positivamente em seu negócio”, afirma Alex Pereira, presidente da Coopermiti.
Além de uma central de triagem dos resíduos eletroeletrônicos, a Coopermiti também tem um museu. O museu possui seu acervo próprio e projetos de educação ambiental. No portal da cooperativa é possível baixar materiais pedagógicos para trabalhar meio ambiente e sustentabilidade na sala de aula. Outro projeto social da cooperativa é doar os equipamentos que são recuperados para ONGs e escolas.
Todas essas iniciativas buscam promover a mudança de comportamento através da educação e conscientização sobre o descarte de resíduos eletrônicos e preocupação com o meio ambiente. Dessa maneira, a Coopermiti espera conseguir atuar com 100% da sua capacidade e potencializar o mercado de reciclagem de eletrônicos no Brasil.